Câmara lança “Inspiração Popular” na Feira do Livro de Caxias

Denerlei Antonioli/Câmara de Caxias/Divulgação

A 39ª Feira do Livro de Caxias do Sul será palco para o lançamento do livro "Inspiração popular: Legislativo e Movimento Comunitário (1963-2023)". A obra trata da relação entre o Parlamento e a União das Associações de Bairros (UAB), ao longo dos 60 anos da entidade, completados em 19 de maio passado. A apresentação ocorrerá nesta sexta-feira (6), às 17h, na Praça Dante Alighieri.

A publicação se dispõe em quatro blocos temáticos. No primeiro deles, assinado pelo presidente da Câmara, vereador Zé Dambrós (PSB), estão apresentação e reflexão política e social do comunitarismo. O último texto, sob a chancela do chefe da Assessoria de Comunicação Social da Câmara, Tales Armiliato, retoma pontos abordados e enfatiza o papel de quem faz e o de quem registra a história, como a forma ideal de compreensão dos acontecimentos.

Predominante nas 104 páginas da obra, os dois capítulos centrais abrangem perspectivas documentais e faladas. A primeira seção contém estes tópicos: Legislativo e a inspiração popular; Origens e resistência (1960-1970); Lutas comunitárias (1970-1990); Os bairros e a cidade; Direitos e lutas sociais; Moradia, transportes e urbanização; Cultura e educação.

A segunda seção, com o título "Nas palavras de quem faz o trabalho comunitário (1990 aos dias atuais)", tem estas lideranças entrevistadas: Luiz Pizzetti (in memoriam, presidente de honra da UAB, cujo relato foi reproduzido de pronunciamento anterior, em solenidade da Câmara); Cleusa de Moraes (presidente de honra da UAB); José Carlos Monteiro; Daltro da Rosa Maciel; Darci Adelar Jesus; Tânia Menezes; Valdir Walter (atual presidente da UAB); Flávio Fernandes; Marciano Correa da Silva; Letícia de Carvalho, princesa da 34ª Festa Nacional da Uva, é a primeira soberana, na história, a partir de uma candidatura pela UAB.

O livro mantém redações originais e técnicas de nomenclaturas do campo da História. A reprodução de debates e contextualizações resultou de consultas em atas de reuniões, jornais de época, documentos e relatos diversos. No decorrer da leitura, é visível que, mesmo no curso de décadas, algumas pautas persistem entre as preocupações locais, tais como: o transporte coletivo, a coleta do lixo, a mobilidade urbana, a habitação, etc.

De acordo com Dambrós, o principal objetivo consiste em demonstrar o quanto a política com o gosto comunitário é capaz de produzir lideranças, em favor da luta pelo bem comum.

"De certa forma, boa parte dos (as) políticos (as) caxienses é forjada com uma espécie de DNA comunitário, o mesmo capaz de eleger e reeleger mandatários para cargos eletivos, além de proporcionar vivência e capacitação para tantas funções dos setores público, privado e associativo", salientou.

Organizada pelo historiador Eduardo Reis, pelos jornalistas Fábio Rausch e Tales Armiliato e pelo relações públicas Denerlei Antonioli, a obra se propõe a unir memória escrita e relatos orais, a fim de consolidar um documento que permita uma noção desse relacionamento de 60 anos, entre as duas entidades. É como entende Armiliato, chefe da Assessoria de Comunicação Social da Câmara.

Tales conta que o material pesquisado incluiu documentos, jornais e bibliografia, além de entrevistas com personalidades que contribuíram com as políticas comunitárias.

"A organização desse livro busca garantir que a historiografia do comunitarismo permaneça viva em mentes e corações e inspire a formação de outras gerações de líderes", explicou.

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