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Bruna Giusti/Divulgação

O vereador Sandro Fantinel (Patriota), sofreu uma derrota arrasadora, sob o aspecto ideológico, na sessão desta quinta-feira (26). Por maioria de votos (14 a 7), a Câmara Municipal de Caxias do Sul, rejeitou o requerimento que pretendia criar a Comissão Temporária Especial Escola sem Partido.

Segundo Fantinel, a Comissão pretendia fiscalizar os ensinamentos passados em escolas municipais, a fim de garantir imparcialidade e neutralidade e evitar a doutrinação política-ideológica.

Antes da votação que enterrou a criação da Comissão Escola sem Partido, Fantinel propôs o adiamento por 15 dias. Ele justificou que pretendia discutir com outros colegas e apresentar modificações na proposta. Pego de surpresa com a colocação da proposta na pauta, disse que precisava de mais tempo para concluir uma apresentação com vídeos que justificariam a criação da comissão.

"Outro motivo é a minha surpresa de vir tão rapidamente para votação. Eu achei que iria demorar alguns dias. Eu tinha um material que está ficando pronto para apresentar para os colegas”, comentou.

Em uma articulação de bastidor, os parlamentares rejeitaram o pedido de adiamento por 11 votos contrários, 10 favoráveis. O vereador Wagner Petrini (PSB) não votou.

Durante a discussão da matéria, Fantinel acusou os vereadores que votaram contra a criação da comissão de defendem a doutrinação política e ideológica nas escolas. Numa tentativa de intimidação dos colegas, ameaçou divulgar o nome dos parlamentares contrários.

O vereador Rafael Bueno (PDT) foi o primeiro a se insurgir contra a tentativa de intimidação de Fantinel. O pedetista também provocou:

"O senhor vai acabar morrendo no próprio ego, servente de obras do vereador Marcon", disse Bueno, em uma referência a operação tapa-buracos realizada na Rota do Sol e na RS-122. 

As vereadoras Estela Balardin (PT) e Marisol Santos, também reagiram à ameaça de Fantinel. A petista sugeriu que o parlamentar do Patriota converse com sua para sua base eleitoral sobre esse tema por meio lives.

"Que a gente não seja desrespeitado e muito menos ameaçado para votar favorável. Porque, como já muito bem dito por diversos vereadores aqui dentro, a gente vota da forma com que a gente achar coerente. E gritar dizendo que a gente tem que votar favorável não vai ajudar, só vai fazer com que a gente se sinta ainda mais desrespeitado por estar debatendo isso", apontou Estela.

Marisol ressaltou que não defende "nem para um lado, nem para o outro", o uso da sala de aula como espaço de doutrinação política. Ela ainda lembrou que existem instâncias para fiscalizar o comportamento do professor dentro da sala de aula.

O vereador Maurício Scalco (Novo), que votou a favor da comissão, defendeu o direito de Fantinel mostrar seu trabalho.

Como votaram

Sim – Adriano Bressan (PTB), Alexandre Bortoluz (PP), Elisandro Fiuza (Republicanos), Maurício Marcon (sem partido), Maurício Scalco (Novo), Ricardo Daneluz (PDT) e Sandro Fantinel (Patriota).

Não – Clóvis de Oliveira (PTB), Denise Pessôa (PT), Estela Balardin (PT), Felipe Gremelmaier (MDB), Gilfredo De Camillis (PSB), Gladis Frizzo (MDB), José Dambrós (PSB), Juliano Valim (PSD), Lucas Caregnato (PT), Marisol Santos (PSDB), Olmir Cadore (PSDB), Rafael Bueno (PDT), Renato De Oliveira (PCdoB) e Tatiane Frizzo (PSDB).

Ausente – WAGNER PETRINI (PSB)

O presidente da Câmara, VELOCINO UEZ (PTB) não vota.

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