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Legislativo

Câmara de Caxias deverá contar com Frente Parlamentar em Defesa da Saúde Mental

Vereadora Rose Frigeri fez o anúncio em seminário alusivo ao Dia Nacional da Luta Antimanicomial

Colunista - Redação

redacao@serraempauta.com

Crédito da foto: Gabriel Lain/Câmara Caxias
Foto Principal - Notícia

A vereadora Rose Frigeri (PT) anunciou que deverá propor nos próximos dias a criação da Frente Parlamentar em Defesa da Saúde Mental, na Câmara de Caxias. Na noite de sexta-feira (10), ela conduziu um seminário alusivo ao Dia Nacional da Luta Antimanicomial, lembrado a cada 18 de maio. Trata-se da defesa da saúde pública e do atendimento humanizado e em liberdade para as pessoas com adoecimento mental. A iniciativa partiu da presidente do Legislativo, vereadora Denise Pessôa (PT), e do Conselho Regional de Psicologia (CRP/RS), representado pela conselheira Cristina Schwarz.

Rose garantiu que levará adiante outras demandas do encontro de sexta. Três delas resultaram de sugestões do psicólogo Luís Carlos Bolzan: prestação de contas periódicas das comunidades terapêuticas, pelo Município; o porquê de ainda existirem hospitais psiquiátricos (manicômios), sendo que vigoram legislações federal (há 20 anos) e estadual (há 30 anos) que os proíbem; e pensar na psicologia como parte da atenção básica de saúde.

A parlamentar também acolheu ideias da jornalista e escritora Maya Falks, recém-anunciada patrona da 38ª Feira do Livro de Caxias do Sul, que acontece entre os próximos dias 30 de setembro e 16 de outubro, na Praça Dante Alighieri. Usuária dos serviços públicos municipais de saúde mental, Maya pediu que o atendimento contasse com ferramentas culturais, como oficinas e outras formas de terapia pela arte.

Como integrante do Conselho Municipal de Cultura, Maya propôs, ainda, um centro de atendimento psiquiátrico dentro do complexo da Metalúrgica Abramo Eberle (Maesa/Fábrica 2), onde os pacientes teriam, ao mesmo tempo, o tratamento de saúde e o acesso aos espaços artísticos.

A conselheira do CRP/RS agregou ao debate o fato de haver uma discrepância entre o que já se encontra previsto em lei e o que é posto em prática, por meio de políticas públicas. Na ótica da psicóloga Cristina, a visão predominante sobre saúde mental carrega históricos preconceitos, tais como: racismo, sexismo, segregação de classes, etc.

O psicólogo Bolzan reivindicou a extinção dos manicômios. Atentou que os questionamentos a esse tipo de instituição remontam à Revolução Francesa (1789), quando eram percebidas características de exclusão social e de práticas violentas, entendidas como torturas.

Coordenadora dos centros de atenção psicossocial (CAPSs) Cidadania e Integração, Lourdes Susin comentou sobre a rede do setor, no Município. Em seguida, Raquel Bierhals, que coordena o CAPS Reviver, com funcionamento 24 horas para dependentes químicos, salientou o trabalho junto a esse perfil de público e que vive em situação de rua.

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