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Luca Roth/Divulgação

Em sessão conturbada, a Câmara Municipal de Caxias do Sul arquivou nesta terça-feira (6), por maioria de votos (14 a 6), a denúncia contra a vereadora Estela Balardin (PT). Em abril, a parlamentar publicou um card em uma rede social chamando os vereadores que votaram contra o pedido de informações ao Executivo sobre a distribuição de equipamentos de proteção individuais (EPIs), nas escolas de educação infantil do município, de Bancada dos Negacionistas. O vereador Maurício Scalco (Novo) teve seu nome e imagem veiculada, porém votou favorável ao pedido.

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Votaram pelo arquivamento, Andressa Marques (PCdoB), Gilfredo De Camillis (PSB), Clóvis Xuxa (PTB), Denise Pessôa (PT), Felipe Gremelmaier (MDB), Elisandro Fiuza (Republicanos), Gladis Frizzo (MDB), Lucas Caregnato (PT), Marisol Santos (PSDB), Olmir Cadore (PSDB), Ricardo Daneluz (PDT), Tatiane Frizzo (PSDB), Wagner Petrini (PSB) e José Dambrós (PSB). Foram contrários, Adriano Bressan (PTB), Juliano Valin (PSD), Maurício Marcon (Novo), Maurício Scalco (Novo), Sandro Fantinel (Patriota) e Alexandre Bortoluz (PP), que mudou de posição na votação no plenário.

Estela se ausentou do plenário por ser parte interessada e Rafael Bueno (PDT), não participou da votação.

O parecer da Subcomissão de Ética, assinado pelo relator, vereador Adriano Bressan (PTB), pedia a censura escrita da petista.

"Apesar da boa conduta da acusada para com seus pares, a ação da vereadora Estela Balardin demonstrou imprudência e falta atenção para com a preservação da imagem da Câmara", escreveu o parlamentar.

Na Comissão de Ética, Gladis, Bortoluz e Caregnato votaram pelo arquivamento da denúncia. Já Marcon acompanhou a voto do relator do processo que defendia a censura escrita.

Na tribuna, Estela teve 15 minutos para sua defesa. Ela reconheceu o erro novamente e apresentou as medidas tomadas após ser comunicada do equívoco como ter solicitado a retirada do card das redes sociais, o pedido de desculpas durante a sessão e diretamente a Scalco, e a publicação de uma nota de retratação.

"Eu quero aqui trazer o compromisso do meu mandato e meu enquanto pessoa não pública e pessoa pública de contar sempre com a verdade. Mas, infelizmente, até mesmo aqueles que têm o compromisso com a verdade também tem a possibilidade de errar. E foi isso que ocorreu. E eu não acho que se justifica. Eu acho que o erro, de fato, aconteceu, e, de fato, a retratação deveria ocorrer também, afinal de contas, mesmo um erro pode ocasionar algo ruim para alguma pessoa", disse.

Scalco usou a tribuna para defender a censura escrita à Estela.

"Ofenderam a minha família, a minha honra. Fizeram tudo. Não gostei nem um pouco. Para mim foi algo muito traumático", disse o parlamentar do Novo.

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