Câmara de Caxias aprova reposição da inflação para salários de prefeito, vice, secretários e vereadores

Letícia Kreling/Divulgação

A Câmara de Caxias do Sul aprovou em sessão extraordinária nesta quinta-feira (9), a reposição da inflação para os salários do prefeito, vice, secretários, vereadores e servidores do Executivo e Legislativo. Ao todo foram cinco matérias aprovadas por unanimidade. O reajuste entra em vigor a partir de 1º de janeiro de 2022 e o percentual que será aplicado é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado no exercício de 2021. O resultado será conhecido no próximo mês.

Segundo o relatório Focus do Banco Central publicado na segunda (6), a projeção do IPCA para 2021 é de 10,18%. Considerando o percentual como exemplo, o salário do prefeito Adiló Didomenico (PSDB) teria um aumento de R$ 21.529 para R$ 23.720. O vencimento da vice passaria de R$ 15.078 para R$ 16.612, dos secretários de R$ 13.466 para R$ 14.836. Já o salário dos vereadores passaria de R$ 10.607 para R$ 11.686.

No plenário, apenas os vereadores Maurício Marcon (Podemos) e Rafael Bueno (PDT) comentaram sobre a reposição da inflação, que vai aumentar os salários do prefeito, vice, secretários e parlamentares.

Marcon explicou a diferença entre ganho real e reposição inflacionária.

"Para explicar o que é uma reposição inflacionária: se um cidadão ganha R$ 100 hoje, ele compra um litro de leite; se não houver reposição inflacionária, ele vai ganhar R$ 100 daqui a um ano e o litro de leite vai estar R$ 120, então ele perdeu o poder de compra. O que estamos fazendo nesta Casa é repondo o salário dos vereadores (...) Se houvesse aumento dos salários dos vereadores, eu votaria contrário. Como é uma reposição inflacionária, que todo o trabalhador brasileiro recebe, eu acho justo aos trabalhadores desta Casa que tenham também esse recebimento", comentou o parlamentar do Podemos.

Já Bueno justificou a reposição da inflação dizendo que os vereadores caxienses não têm 13º salário, verba de gabinete, férias e auxílio combustível.

"É o mínimo que a gente está fazendo; porque, em seis anos, a gente não tem esse reajuste da inflação".

Para se tornarem leis, as matérias passam a depender da sanção do prefeito Adiló.

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