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Bianca Prezzi/Câmara de Caxias/Divulgação

A Câmara de Caxias do Sul aprovou, por maioria de votos (19x3), na sessão desta terça-feira (16), o projeto de lei que incluiu no calendário oficial o Dia Municipal do Samba. De autoria do vereador Lucas Caregnato (PT), a matéria prevê que a comemoração, alusiva ao gênero musical brasileiro que se originou entre comunidades afro-brasileiras no início do século XX, seja realizada no dia 2 de dezembro de cada ano. Projeto precisa agora da sanção do prefeito Adiló Didomenico para se tornar lei.

Segundo a proposição, a data escolhida remete ao I Congresso Nacional do Samba, realizado no Palácio Pedro Ernesto, no Rio de Janeiro, entre os dias 28 de novembro e 2 de dezembro de 1962. O autor reforça que oficializar a data valoriza a manifestação cultural e os sambistas locais.

Dentre as atividades, a matéria estipula que a Câmara reserve em seu calendário anual ao menos duas datas, no plenário da Casa, para promoção de iniciativas inerentes ao Dia Municipal do Samba. Ainda autoriza o Município a divulgar e fomentar as escolas e os redutos tradicionais do samba na cidade a desenvolverem ações inspiradas no projeto.

Durante a discussão, Caregnato lembrou também da importância das escolas de samba e da geração de emprego e renda advinda do estilo musical.

"O samba tem servido para agregar as pessoas, num resgate identitário do povo negro. Traz pautas importantes para a sociedade brasileira. O samba é um ato político também", refletiu o petista que, em seguida, elencou nomes históricos do gênero, como Martinho da Vila e Dona Ivone Lara.

De acordo com o parlamentar, que é historiador, há relatos da prática do samba em Caxias a partir da década de 1920 e, na década seguinte, do primeiro desfile de uma escola de samba.

Os vereadores Estela Balardin (PT), Gladis Frizzo (MDB) e Rafael Bueno (PDT) também contribuíram em manifestações.

"Quem não gosta de samba, bom sujeito não é. Ou é ruim da cabeça, ou doente do pé", brincou a emedebista, recitando trecho da música Samba da Minha Terra, composição do músico Dorival Caymmi.

Os vereadores Adriano Bressan (PTB), Olmir Cadore (PSDB) e Maurício Marcon (Podemos) votaram contra o projeto de lei.

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