Vereador Maurício Scalco acusou governo de colocar "jabutis" na matéria. Marisol Santos cobrou mais responsabilidade do colega
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08.03.2022 - 20h50min
Em sessão extraordinária realizada nesta terça-feira (8), a Câmara de Caxias aprovou, por unanimidade, o projeto de lei complementar que pretende criar 30 vagas do cargo de médico, com a carga semanal de 20 horas, com salário de R$ 7.851,30. A matéria de autoria do Executivo municipal também extingue 50 vagas de médicos com a carga semanal de 12 horas.
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Entre outros pontos, o prefeito Adiló Didomenico (PSDB) argumentou que, a partir da jornada semanal dos médicos de 20 horas, será possível garantir o atendimento diário nas unidades básicas de saúde (UBSs). Ponderou que os profissionais de 12 horas semanais têm condensado a carga horária em três dias da semana.
O vereador Maurício Scalco (Novo) protocolou na segunda (7) duas emendas modificativas. Nas redes sociais, o parlamentar do Novo publicou um vídeo comentando que haviam "jabutis” no projeto do Executivo, como o aumento do número de procuradores e de salário para os servidores municipais. Scalco retirou as emendas durante a sessão e votou a favor do projeto. Na política, o termo "jabuti" é usado quando uma proposta é inserida sem relação com o tema original.
Na sessão, Scalco cobrou mais transparência da administração municipal.
"Peço mais transparência e que assuntos distintos sejam tratados em projetos em separado, médicos, médicos, procuradores, procuradores. Sobre a atualização geral da tabela salarial tinha que vir também a explicação, o projeto sobre o porquê de ter mais de 20% de aumento", disse o vereador do Novo.
A vice-líder do Governo Adiló na Câmara, vereadora Marisol Santos (PSDB), disse que estava decepcionada com a insinuação de "jabutis" no projeto de lei. Ela esclareceu que não há um novo aumento de salário para os servidores, mas sim uma atualização da tabela com a reposição inflacionária já aprovada na Casa. Além disso, explicou que os seis cargos novos de procuradores foram realocados da administração indireta para a direta a partir do projeto que criou a Advocacia Geral do Município.
"Levar uma informação errada para a população tentando colocar a comunidade contra o Executivo é um desperdício. É uma pena, porque era algo que podia ser esclarecido de forma tão simples. (...) Vamos pensar um pouquinho mais, ser um pouquinho mais responsável", cobrou Marisol.
Para entrar em vigor, a medida depende da sanção do prefeito Adiló Didomenico (PSDB).
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