Pré-candidato ao Governo do Estado participou do encerramento do Congresso do PSB de Caxias neste sábado
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02.10.2021 - 19h04min
Depois de cumprir agenda em Santa Maria, o ex-deputado federal e pré-candidato ao Governo do Estado, Beto Albuquerque, participou do encerramento do Congresso do PSB de Caxias, na tarde deste sábado (2), que reconduziu Adriano Boff para o comando da Executiva municipal.
Antes de sua manifestação para os filiados no auditório do Tri Hotel, Beto concedeu uma entrevista coletiva. Na oportunidade, ele ressaltou a necessidade de reerguer a educação - sua principal bandeira da campanha, se apresentou como candidato de centro-esquerda e comentou sobre as primeiras articulações para compor uma base de apoio para sua candidatura. Beto também criticou o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Confira a entrevista.
Educação
"O Estado precisa reerguer a sua educação. Nossa rede de escolas do Estado é precária. Somos campeões em repetência e evasão escolar. Não é esse o Rio Grande do Sul que queremos. O Rio Grande do Sul do passado se orgulhava da educação que tinha. Não podemos viver só do passado. Temos que respeitar os professores que estão há sete anos sem sequer a reposição da inflação dos seus salários e temos uma rede de escola que não oferece nenhum atrativo para o jovem e o adolescente querer ficar estudando por que não há tecnologia."
Campo da candidatura
"Sou um homem de centro-esquerda e acho que essa polarização entre esquerda e direita já não é mais suficiente para definir em quem devemos votar. O problema todo é dizer o seguinte, o que será feito para que 12 milhões de brasileiros desempregados voltem a ter emprego, o que será feito para que 24 milhões de brasileiros que hoje estão com fome nas ruas voltem a comer. O que vamos fazer para reduzir os preços dos combustíveis, do gás de cozinha, dos alimentos, da carne. A briga da esquerda e da direita não consegue dar essas respostas. Eu já me vacinei contra o ódio e a radicalização e tenho condições de conversar com todas as pontas. Só não negocio e não aceito no meu palanque quem não gosta da democracia, quem tem viés totalitário, quem não aceita as diferenças e com quem está louco para dar um golpe e governar sozinho. São 1 mil dias de nada feito. São 1 mil dias de 600 mil mortos no Brasil, 1 mil dias de pouco se comemorar no Brasil. Vamos tratar de conversar com o campo progressista do Rio Grande do Sul. Tenho dialogado com o PDT, PCdoB, Cidadania; Avante; Solidariedade, Partido Verde, conversei com o Pros ontem, com o (ex-prefeito de Porto Alegre, José) Fortunati. Estamos conversando com um agrupamento de gente boa e pode montar um bom time para fazer um governo a altura do que o Rio Grande precisa e o que o povo gaúcho deseja."
Adversários
"Até o momento a única coisa definitiva que temos é a minha pré-candidatura, do (senador, Luis Carlos) Heinze e do Edgar Pretto, do PT. Todos os demais não temos nenhuma confirmação. Temos que esperar a confirmação para conhecermos e dialogarmos com os adversários. Acho que o Rio Grande do Sul pode experimentar uma nova fase de compromissos com seu desenvolvimento."
Eleição sem a candidatura à reeleição
"O governador Eduardo Leite está tentando um protagonismo nacional. Acho importante para o Rio Grande do Sul. Agora ele tem uma prévia contra o governador de São Paulo (João Doria). Se ele ganhar a prévia é uma realidade para o Rio Grande do Sul do ponto de vista da articulação que ele pode fazer, e se ele perder a prévia essa articulação que poderia ser ampliada muito provavelmente não acontecerá. Estamos esperando para ver quem são aqueles que irão compartilhar conosco o bom debate, mas não terão do Beto Albuquerque qualquer participação para o debate do ódio, para as polarizações. Não temos que discutir os problemas e os culpados, temos que discutir as soluções para o Rio Grande do Sul."
Candidato a vice-governador
"É muito cedo ainda. Estamos conversando com vários partidos. Esse tipo de acordo tem que ter fruto dos propósitos que nós queremos. Tem está a fim de reerguer a educação vai estar com a gente. Quem quer desdenhar da educação não vai estar comigo. A indicação do vice e do candidato ao Senado depende desse diálogo para a definição dos candidatos".
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