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Em audiência da Subcomissão de Ética, o parlamentar negou. Já em entrevista disse que entrou com arma dentro do prédio e no plenário
andre.tajes@serraempauta.com
14.05.2021 - 18h04min
A Subcomissão de Ética da Câmara Municipal ouviu nesta sexta-feira (14), o vereador Alexandre Bortoluz, o Bortola (PP), e oito testemunhas sobre o fato do parlamentar ter entrado armado nas dependências da Câmara de Vereadores. O Código de Ética Parlamentar do Legislativo proíbe.
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Ao final das oitivas das vereadoras Denise Pessôa e Estela Balardin, ambas do PT, do presidente da Câmara, vereador Velocino Uez (PTB), do ex-vice-prefeito Ricardo de Abreu, autor do pedido de instauração do processo disciplinar e de três policiais militares, Bortoluz foi questionado pelo presidente da Subcomissão de Ética, vereador Maurício Marcon (Novo) se em algum momento havia entrado armado na Câmara.
Respondendo ao questionamento de Marcon, Bortoluz foi taxativo: "não".
Para evitar uma punição ao parlamentar, a defesa de Bortoluz questionou todas as testemunhas se elas em algum momento teriam visto o parlamentar armado dentro do prédio. Todas negaram. Também tentou desacreditar as matérias jornalísticas publicadas na imprensa que informam, segundo o próprio vereador, que andava armado dentro do prédio e no plenário da Câmara.
Após a audiência, a reportagem do Serra em Pauta informou o parlamentar sobre a gravação da entrevista do dia 18 de março em que ele admite que entrou armado no prédio da Câmara e no plenário e questionou qual é a versão correta: a da gravação ou a do depoimento:
"Nas dependências. Conforme tu noticiaste naquela matéria que nós temos salva. Nas dependências da Câmara que se considera o estacionamento uma dependência da Câmara de Vereadores", respondeu o parlamentar.
Bortoluz foi categórico na entrevista gravada: Confira o trecho da entrevista:
Bortoluz: Se quiser me questionar alguma coisa tô (sic) aí à disposição desde agora.
Repórter: Já que o senhor está dizendo que é o senhor. O senhor entra armado dentro da Câmara. Já entrou?
Bortoluz: Sim, sim, sim.
Repórter: E no plenário?
Bortoluz: Sim, nas dependências da Câmara por que deixa eu te explicar a situação Tajes. Eu tenho o porte de arma. Como eu trabalhei durante quatro anos na frente das operações na época do Governo Alceu (Barbosa Velho, ex-prefeito). Na frente das operações tanto de noite quanto as de comércio ambulante. Eu recebia bastante ameaça e o ano passado eu trabalhei na Secretaria da Segurança Pública.
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