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Tales Giovani Armiliato/Divulgação

A Prefeitura de Caxias do Sul detalhou a situação do transporte coletivo urbano na cidade. As explicações foram apresentadas nesta quinta-feira (9), durante audiência pública promovida pela Comissão de Desenvolvimento Urbano, Transporte e Habitação da Câmara.

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O encontro foi coordenado pelo presidente da Comissão, vereador Wagner Petrini (PSB), e contou com a participação de diversos vereadores e integrantes do governo do prefeito Adiló Didomenico (PSDB).

Na abertura da audiência, Petrini ressaltou os principais pontos de debate: subsídio à tarifa, revisão tarifária e desequilíbrio financeiro da Visate, empresa concessionária.

Na sequência, o secretário de Trânsito, Transportes e Mobilidade, Alfonso Willembring Júnior, relatou o cenário do transporte público a partir do impacto gerado pela pandemia do coronavírus, que exigiu isolamento por parte da população. O titular da Secretaria ressalta que o transporte público é essencial, porém tem sofrido um forte desgaste não apenas em Caxias, mas em outras cidades.

Em setembro de 2020, segundo Willembring, a Visate já apresentava cálculos com déficits devido à redução brusca de usuários. Diante disso, muitas alterações no sistema foram estudadas e implementadas. Entretanto, a resposta não foi tão exitosa e, no mês passado, houve um sinal de colapso no sistema.

O presidente da União das Associações de Bairros (UAB), Valdir Walter, relatou alguns transtornos pelos quais os moradores têm passado, em razão da redução nas linhas e atrasos na passagem dos ônibus pelos bairros e loteamentos. O longo intervalo entre um ônibus e outro para determinadas regiões também foi criticado pela líder comunitária do bairro Reolon Tania Giordano.

Projeto tramitando

Diante do cenário, na semana passada, o administração municipal enviou para apreciação da Câmara um projeto de lei que pede autorização para conceder subsídio da tarifa do transporte de até R$ 1 milhão por mês, em troca das gratuidades. A proposta está em tramitação em regime de urgência e deve ser votada na próxima semana no Legislativo.

O projeto de lei apresenta uma estimativa do valor da tarifa considerando o valor do subsídio repassado do Município para a Visate. A projeção foi realizada pelo grupo técnico da Secretaria de Trânsito considerando os valores dos insumos (diesel e pneus, por exemplo) praticados em novembro 2021.

Sem nenhum repasse o valor da tarifa deveria ser de R$ 5,25. Para manter a passagem atual de R$ 4,75, o Executivo deveria repassar R$ 725,6 mil mensais. Com o repasse de R$ 1 milhão por mês, a tarifa poderia reduzir para R$ 4,55. Já para alcançar a promessa de campanha de Adiló de uma tarifa de R$ 3,50, o Executivo deveria alcançar um repasse mensal de R$ 2,5 milhões.

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