Siga nossas redes sociais
Logotipo - Audiência aponta possível desvio de finalidade no plano de ocupação da Maesa em Caxias | Notícia | Serra em Pauta
Logotipo - Audiência aponta possível desvio de finalidade no plano de ocupação da Maesa em Caxias | Notícia | Serra em Pauta
Siga nossas redes sociais Icone-x-twitter
  • serra-em-pauta_desktop-970x250_teste.png

Debate

Audiência aponta possível desvio de finalidade no plano de ocupação da Maesa em Caxias

Reunião proposta pelo deputado Pepe Vargas ocorreu nesta segunda-feira, na Assembleia, em Porto Alegre

Colunista - Redação

redacao@serraempauta.com

Celso Bender/Assembleia Legislativa/Divulgação
Foto Principal - Notícia

A Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa promoveu audiência pública para debater a proposta de parceria público-privada e o plano de ocupação do antigo prédio da Metalúrgica Abramo Eberle SA (Maesa) em Caxias do Sul. O deputado Pepe Vargas (PT) foi o proponente do encontro. A audiência foi conduzida pela presidente do colegiado, deputada Sofia Cavedon (PT).

Após o debate, Pepe apresentou os encaminhamentos da audiência: uma reunião com o prefeito de Caxias do Sul, Adiló Didomenico (PSDB) para tratar do assunto. Pepe ainda propôs a elaboração de um pedido de informações ao Governo do Estado sobre a ampla destinação do imóvel para fins não constantes na lei de doação e sobre o amparo legal para a desafetação do imóvel, ou seja, dizer que não é mais necessário que o imóvel tenha a destinação originalmente designada.

Em 2014, o então governador Tarso Genro (PT) sancionou o projeto de doação do antigo prédio da Maesa, para o Município de Caxias. A doação prevê que o complexo, de aproximadamente 53 mil metros quadrados, se destine a uso público com finalidade cultural, de instalação de equipamentos públicos e de funcionamento de órgãos públicos.

Em fevereiro deste ano, o Conselho Gestor das PPPs de Caxias decidiu pelo modelo de concessão patrocinada para a ocupação da Maesa, um formato intermediário, onde o poder público e o setor privado compartilham os riscos. A concessão patrocinada, prevê repassar a administração de todo o complexo para a iniciativa privada, em um período de 30 anos, reservando ao Município o direito de uso de parte do espaço. A proposta de concessão foi elaborada com base nos estudos apresentados dentro do Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI).

O deputado Pepe Vargas (PT) afirmou que no projeto apresentado pela Prefeitura caxiense desconsidera a ideia anterior de uso do imóvel para espaços culturais e o uso de parcerias ao envolver atividades de natureza econômica que pudesse dar sustentação ao projeto.

"No atual projeto, somente cerca de 22% da área vai ficar destinada ao poder público e apenas algo em torno de 4% a 5% ficaram destinadas a área cultural, o que tem gerado muita polêmica", contou. O deputado e ex-prefeito de Caxias do Sul questionou se a proposta não se desvia da finalidade da doação, exposta na própria lei estadual.

Também o ex-governador Tarso Genro, em sua manifestação, disse que a escolha adotada pela Prefeitura pode ter um desvio de finalidade.

"A doação foi feita para uma utilização social e valorização da região, outra utilização poderá gerar insegurança jurídica para os investidores", salientou.

A deputada Sofia Cavedon sugeriu a constituição de um fundo com recursos gerados na concessão, que viabilizasse economicamente a preservação material e imaterial do prédio. Sofia garantiu que este modelo foi exitoso na parceria entre a Prefeitura e os permissionários do Mercado Público de Porto Alegre.

De forma virtual, a audiência contou ainda com a participação do ex-prefeito de Caxias, Alceu Barbosa Velho (PDT). Ele lembrou que desde as primeiras conversas mantidas com Tarso, sempre ficou muito claro que a destinação era de uso popular.

"Pode ser ou ter interferência de parceria público-privada, desde que a iniciativa pública prepondere na administração desse bem público. Foi uma doação do Governo do Estado então agora vamos fazer uma parceria que ao meu sentir não é mais para a Prefeitura, mas para empresas exploradoras dessa área. É isso que precisamos debater", defendeu.

O secretário de Parcerias Estratégicas, Matheus Neres da Rocha e a secretária da Cultura, Cristina Calcagnotto, defenderam o projeto da Prefeitura que, segundo ele, tem como objetivo viabilizar a manutenção da autenticidade e preservação do patrimônio histórico do prédio.

Leia mais:
Ato celebra os 25 anos do Ponto de Safra, em Caxias
Fenavinho, em Bento, define finalistas dos Jogos Coloniais
Lançado chamamento para artistas se apresentarem na Sexta Cultural, em Caxias
Empresa de Caxias lança linha de carregadores para veículos elétricos
Caxias do Sul recebe seminário gratuito para artesãos

Tags:

Debate Assembleia Legislativa audiência pública aponta possível desvio de finalidade plano de ocupação Maesa Caxias do Sul