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André Tajes/Serra em Pauta

Demanda antiga da comunidade de Bento Gonçalves, a despoluição do Lago Fasolo teve uma nova etapa nesta segunda-feira (18). O prefeito Diogo Siqueira (PSDB) assinou a ordem de início para a execução das obras da rede coletora, elevatória de esgoto bruto, linha de recalque e estação de tratamento no Lago. A empresa Bripaza, contratada de forma emergencial pelo consórcio Aegea/Corsan, será responsável pelas obras no local. O valor investido será de R$ 1,67 milhão.

A construção será executada em etapas, prevendo aterro, rede coletora e emissário, montagem da elevatória, estação de tratamento de esgoto e parte elétrica. Para a obra será necessária a construção de uma estrada de 4 metros de largura e cerca de 300 metros no lago, etapa que já consta com licenciamento ambiental.

A estação terá quatro reservatórios de 20 mil litros cada, atendendo a coleta leste e sul do lago.

"Em conjunto com a Aegea pensamos um projeto de grande durabilidade, uma rede toda feita em PAD, para resistir com o tempo. Será coletada toda essa bacia, procurando além do já mapeado para que 100% do esgoto seja tratado", destaca o proprietário da Bripaza, Gabriel Schwartz.

A previsão de duração da obra é de cinco meses.

Para a diretora-presidente da Corsan, Samanta Takimi, a assinatura da ordem de início da obra é um momento único e importante para Bento Gonçalves.

"É uma alegria dar início a essa obra que é um símbolo da luta do Município pelo tratamento do esgoto, pelo acesso a toda a população a qualidade vida e saúde. Uma prioridade que o prefeito Diogo sempre nos solicitou".

Com a obra, 104 casas receberão a ligação de esgoto, beneficiando cerca de 300 pessoas.

"Isso aqui é um paraíso da cidade, eu sempre acompanhei esse Lago, e nos meus 75 anos eu sempre batalhei para que fizessem essa obra. É muito importante essa obra", destaca o morador Antônio Francisco de Paula.

Segundo o prefeito, a obra se tornou uma prioridade da administração municipal.

"Esse Lago é maravilhoso, um lugar lindo que temos em Bento Gonçalves. Um pulmão que temos na cidade. Uma demanda de mais de 30 anos para que conseguíssemos melhorar toda a localidade. Aqui são inúmeros projetos que a sociedade privada nos apresentou, mas precisamos iniciar com essa despoluição. Essa é a base, o primeiro passo para posteriormente efetuar a revitalização. Um grande investimento da Aegea/ Corsan, Prefeitura, e toda comunidade que lutou. Vamos despoluir o Lago Fasolo", ressaltou Siqueira.

O lago, adquirido na década de 40, tem uma área de 4,6 hectares, sendo 2,6 hectares de área particular em execução judicial. Desde 2004, o Ministério Público instaurou um inquérito civil para investigar a situação da poluição, na área particular.

Em 2013, foi definido a Corsan como responsável para o prosseguimento na ligação de esgoto das residências. O Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano (Ipurb), e a Secretaria do Meio Ambiente, auxiliaram no levantamento de todos os imóveis que há necessidade de ligação, e apresentaram a empresa. Nesta legislatura, a Câmara de Vereadores criou a Frente Parlamentar em Defesa do Lago Fasolo que pressionou o Executivo municipal e acompanhou as tratativas para a despoluição do lago.

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