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Valorização

Assembleia reconhece gastronomia italiana como patrimônio histórico

Projeto de lei é de autoria do deputado Pepe Vargas

Colunista - Redação

redacao@serraempauta.com

Paulo Garcia/Agência ALRS/Divulgação
Foto Principal - Notícia

A Assembleia Legislativa aprovou nesta terça-feira (22), por unanimidade, o projeto de lei que reconhece a gastronomia italiana como patrimônio histórico gaúcho. A proposta de autoria do deputado Pepe Vargas (PT) destaca a importância da matéria para manter e valorizar a história e a tradição da culinária italiana, como uma forma de evitar o desaparecimento deste patrimônio com os processos de globalização e transformações sociais.

Os saberes tradicionais, o acervo de receitas e de práticas alimentares que constituem a história e a cultura gastronômica dos imigrantes, agora dependem apenas da sanção do projeto pelo Governo do Estado para se tornar patrimônio histórico.

A gastronomia italiana é, provavelmente, uma das mais apreciadas por turistas que visitam o Rio Grande do Sul. As massas, a sopa de agnoline ou capeletti, a polenta, o galeto e o radicci, são alguns dos pratos mais saboreados, que se tornaram tradicionais e famosos na cozinha brasileira graças aos imigrantes italianos.

Pepe lembrou da relevância dessa gastronomia também do ponto de vista econômico. A culinária é um dos legados dos imigrantes italianos mantidos até hoje em festas coloniais, encontros familiares e em reconhecidos restaurantes em todo o Estado.

Na Serra Gaúcha, a comida típica colonial é rica e variada e influenciou a cozinha no Brasil por meio da imigração italiana que aconteceu no período entre 1880 e 1930.

"Uma culinária que ajuda a impulsionar o turismo, gerando emprego e renda, atuando nas economias locais e regionais", ressaltou.

O parlamentar também avaliou que a aprovação do projeto é uma bela homenagem do parlamento gaúcho ao povo italiano que aqui chegou com os imigrantes há mais de um século e integrou-se culturalmente ao Brasil.

"É uma forma de reconhecer o legado italiano, ao mesmo tempo é um gesto de proteção da memória coletiva das manifestações culturais existentes no Rio Grande do Sul, que constituem a nossa diversidade cultural, história e identidade", disse Pepe.

Hoje no Brasil, existe o decreto federal 3.551/2000, que instituiu o Registro de Bens Culturais de Natureza Imaterial que constituem patrimônio cultural brasileiro, cria o Programa Nacional do Patrimônio Imaterial. O país, portanto, têm processos de reconhecimentos de registros de saberes e celebrações como patrimônio imaterial.

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