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Eleições 2020

As provocações e propostas do 1º debate dos candidatos a prefeito de Caxias

Quatro postulantes ao cargo de chefe do Executivo ressaltam ações de diálogo com a população

Colunista - André Tajes

André Tajes

andre.tajes@serraempauta.com
04.10.2020 - 08h53min

Reprodução/Divulgação
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Os 10 candidatos à prefeitura de Caxias do Sul mantiveram um clima cordial e de apresentação das primeiras propostas durante o primeiro debate on-line realizado na manhã de sábado (3). Porém, em pelo menos três momentos houve provocações entre os adversários. O evento foi realizado pelo Sindicato dos Servidores Municipais (Sindiserv) e transmitido em parceria com a Tua Rádio São Francisco.

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A primeira provocação partiu do candidato Antonio Feldmann (Podemos) que perguntou a opinião de Nelson D’Arrigo sobre políticos que se elegem para um cargo público e concorrem no meio do mandato. A pergunta bateu em Carlos Búrigo (MDB) e Pepe Vargas (PT), deputados estaduais eleitos em 2018, que concorrem à prefeitura.

- Defendo uma reforma política porque questões como essa impedem o surgimento de novas lideranças políticas – disse Feldmann, sem citar os nomes dos adversários.

O ex-líder do Governo Daniel Guerra (Republicanos) na Câmara de Vereadores, candidato Renato Nunes (PL) fez a única provocação sobre a decisão do candidato Júlio Freitas (Republicanos) de não participar do debate.

- Faltou um candidato né. Não sei porque não quis vir – disse Renato, enquanto aguardava o sorteio de uma pergunta.

Freitas desistiu de participar do debate por não aceitar assinar o termo de compromisso encaminhado pelo Sindiserv aos candidatos questionando sobre diversos temas relacionados ao serviço público.

Nunes também provocou Edson Néspolo (PDT) sobre o número de cargos em comissão nos governos José Ivo Sartori (MDB) e Alceu Barbosa Velho (PDT). O pedetista disse que pretende fazer o enxugamento da máquina pública e extinguir de duas a três secretarias.

As propostas

Os candidatos Pepe Vargas e Carlos Búrigo prometeram resgatar seus programas de diálogo com as comunidades como o Orçamento Participativo e o Orçamento Comunitário, do Governo Sartori, respectivamente. Já Feldmann disse que seu plano de governo prevê a criação do Orçamento Cooperativo e Solidário.

Além de Néspolo, Pepe também comentou sobre a necessidade de realizar uma “grande” reforma administrativa na prefeitura de Caxias e garantiu não “inchar com cargos comissionados”, mas não falou em números. O petista disse ainda que pretende produzir lotes urbanizados para a população de baixa renda.

O candidato do Novo, Marcelo Slaviero, comentou que pretende aprofundar o trabalho da economia criativa e ampliar o investimento em cultura, mas não falou em valores. Slaviero também apresentou uma proposta de reduzir em 0,5% o valor do ISS no primeiro ano de governo até atingir 2%.

Néspolo garantiu o fortalecimento do Instituto de Previdência e Assistência Municipal (Ipam) e da Farmácia do Ipam, e também anunciou que pretende implementar um sistema de aproveitamento de energia através do lixo para gerar nova receita para a Codeca.

O candidato Vinicius Ribeiro (DEM) revelou que pretende investir em acessibilidade e trabalhar no planejamento urbano da cidade.

Adiló, D’Arrigo, Nunes e Toigo aproveitaram pouco seus espaços de fala, e não apresentaram propostas concretas. O tucano questionou Néspolo sobre a priorização de obras para a Codeca, mas na réplica repetiu a preocupação com a concorrência da iniciativa privada, mas não apresentou proposta para recuperar as finanças da empresa. Adiló defendeu ainda a ampliação do Conselho Tutelar, mas que a ampliação depende de uma qualificação dos conselheiros.

Já D’Arrigo mostrou preocupação com a dívida do Caso Magnabosco e afirmou que pretende investir em treinamento para capacitar os produtores rurais.

Toigo ressaltou a preocupação com o caixa da prefeitura e disse que pretende realizar projetos para buscar recursos, mas não disse da onde. Destacou ainda que não pretende aumentar impostos.

Além das alfinetadas nos adversários, Nunes disse que seu governo vai dialogar com a população, servidores e todas as lideranças da cidade, mas não apresentou um plano concreto para essa ação.

 

Curtas

:: Nenhum candidato criticou o Governo Daniel Guerra.

:: Também não houve comentário sobre um tema central da cidade, a licitação do transporte coletivo.

:: A maioria dos candidatos perdeu a chance de divulgar seu número de campanha. Apenas Vinicius, Nunes e D’Arrigo usaram um fundo com a identificação do partido, e somente o Néspolo usou um adesivo no ombro. Feldmann mostrou um adesivo do Podemos no intervalo do debate.

:: A presidente do Sindiserv, Silvana Piroli, comemorou a audiência de mais de 15 mil pessoas que assistiram o debate pelas redes sociais.

:: Pepe e Vinicius avisaram que Néspolo havia deixado o microfone ligado durante o intervalo do debate na rádio, porém a transmissão pelas redes sociais permanecia ao vivo.

:: Toigo vestiu entre um intervalo e outro a camiseta da campanha de arrecadação para a conclusão das obras do Hospital Geral.

:: Apesar de criticar a ausência de Júlio Freitas, Nunes reconheceu a participação como secretário de Habitação e líder do Governo Guerra na Câmara.

:: Toigo frisou que era do PSL 17, o partido que elegeu o Bolsonaro.

:: Nunes disse que é o único candidato de direita raiz, mas esqueceu que apoiou o PT na eleição de 2012.

:: O candidato Adiló Didomenico, do PSDB, ressaltou em dois momentos o apoio do deputado estadual Neri, O Carteiro (Solidariedade).

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