Prefeito Adiló Didomenico afirma que a maior parte dos itens já foram atendidos e não há risco de interdição
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01.02.2024 - 13h29min
Em setembro do ano passado, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) realizou uma inspeção e apontou uma série de irregularidades no Aeroporto Regional Hugo Cantergiani, em Caxias do Sul
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Sem o retorno das ações de correção, no início de novembro, a Anac encaminhou documento informando a aplicação de medida acautelatória para o aeródromo com a limitação de aumento de frequências semanais e proibição de operação de aeronaves com código de referência 4C oumais exigentes.
"Na apuração, considerou-se que as situações observadas ao longo das reiteradas ações de fiscalização da Agência indicam uma dificuldade do operador em lidar com as ações básicas necessárias a condução segura das operações mesmo nos patamares atuais. Portanto, o aumento de frequência de operações e a operação de aeronaves de código de referência 4C ou mais exigentes, se caracteriza como risco iminente à segurança operacional pelo aumento da exposição a riscos não controlados por parte da administração aeroportuária", diz trecho do documento.
No final de janeiro, a Anac encaminhou correspondência para os parlamentares gaúchos demonstrando preocupação com a falta retorno do operador responsável pelo Hugo Cantergiani.
Preocupada com a situação, a deputada federal Denise Pessôa (PT), encaminhou à Prefeitura e à Câmara de Vereadores, no início dessa semana, a documentação da Anac cobrando providências e alertando sobre possível interdição do aeroporto.
Nesta quarta-feira (31), à noite, o assunto se tornou público após o vereador Adriano Bressan (PRD) publicar um vídeo nas redes sociais cobrando esclarecimentos sobre a respostas ao documento de inspeção da Anac.
Após o discurso da abertura do ano Legislativo na manhã desta quinta-feira, dia 1º de fevereiro, questionado pela reportagem do Serra em Pauta, o prefeito Adiló Didomenico (PSDB), explicou a situação e garantiu que o aeroporto não será interditado.
Segundo Adiló, a maior parte dos itens que a Anac soliticou já foram atendidos. Ele disse ainda que a Anac está satisfeita com as providências já feitas pela administração. Entre as irregularidades apontadas pela Anac estão a falta do Plano de Prevenção Contra Incêndio (PPCI), convênio o Corpo de Bombeiros, uma vez que tem uma unidade da corporação no local, e melhorias na sinalização e iluminação da pista.
"Temos prazo até final de fereveiro e não vai precisar até final de fevereiro para cumprir todos os itens. O que faltou, talvez, no final do ano passado, foi ter tido uma conversa um pouquinho mais aprofundada com a Anac, coisa que foi feita no início desse ano. Hoje, eu diria que nós não temos risco de interdição. Faltou nós dar publicidade das ações que estávamos fazendo", afirmou Adiló.
Após a repercussão negativa, a Prefeitura divulgou uma nota em que informa que já iniciou processos para a contratação de uma empresa especializada na área técnica aeroportuária. Também iniciará capacitação dos servidores do terminal para atendimento das mais diversas demandas, sem detalhar quais são as áreas.
Atualmente, o terminal conta com média de quatro a cinco voos diários aos aeroportos de Viracopos, em Campinas, de Guarulhos e Congonhas, em São Paulo, e do Galeão, no Rio de Janeiro, e tem autorização para pouso e decolagem de aeronaves dos modelos Boeing 737-800 e Airbus A-320, estes, respectivamente, com capacidades para 189 e 176 passageiros.
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