Antônio Braga:
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12.09.2022 - 08h27min
De marcação cerrada! Já publiquei algo a respeito. É que certos sinais se transformam em símbolos. E deles ninguém se arreda. Ninguém desdenha, por exemplo, da cruz. Igualmente, a rosa dos ventos, apesar dos meios eletrônicos modernos, segue firme como símbolo de porto seguro. Porém, Caxias do Sul abriu mão dessa orientação. Ou norte! A rosa dos ventos, que orientava a cidade desde a demarcação dos travessões e das léguas coloniais, está sumida. Faz tempo!
Coincidência ou não com o sumiço da rosa, o resultado tem sido a existência de titica de pomba na praça central a tal ponto de a saída para a falta de zelo dos logradouros ser a entrega dessas áreas a outra direção: privatização da zeladoria da cidade! O município parece enviesado. Arruma uma coisinha boa aqui, elogiável, outra ali fica destapada, sem cobertor. E, convenhamos, a grande cruz ainda nem chegou: o Caso Magnabosco.
Quando esse pepino der a cara de verdade não haverá GPS que oriente o tamanho dessa cruz. Afinal, um bilhão de reais não aparece em contêiner de lixo. Preliminarmente, em torno desse valor gira a indenização aos donos da área dos Magnabosco invadida sob a letargia do município. A rosa dos ventos da área político-administrativa poderia indicar a saída sem suplícios ao povo para o problema.
Os remendos estão muito feios! Em que pese tudo, a prefeitura acaba de fechar R$ 40 milhões em empréstimo para comprar máquinas. Isso parece bom. A Caixa Federal ainda confia no município. O problema é que a lei orçamentária registra um furo danado nas contas municipais. E vai chegar o dia em que a dívida terá que ser paga. Ou seja, cobre aqui, descobre ali. Essa é a cruz. Houve um tempo em que até empréstimo estrangeiro foi tomado para corredor de ônibus para baixar o preço da passagem. E nada aconteceu. E a conta chegou. E as titicas também.
A rosa dos ventos era uma plaquinha de metal furtada da praça Dante Alighieri. Com a plaquinha também sumiram outras placas. Até a carta testamento do Getúlio sumiu. Ora, se o pouco está descuidado, o mais parece tatear chão pedregoso. Parece, também, estar na hora de recolocar a rosa dos ventos, tanto no plano metafórico como, de fato, a volta da plaquinha e das demais placas à praça.
Como faz falta uma rosa que nos indique o melhor caminho!
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