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Opinião

A família dos "Illuminati"

Antônio Braga:

Colunista - Redação

redacao@serraempauta.com

Divulgação
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O grupo discutia as relações pessoais em uma empresa. O cerne era o discurso de sempre: uma empresa tem que ser uma família, diziam. Aí veio a comparação: numa família um membro sempre colocará panos quentes na cabeça daquele outro que sai do foco central; e se isso acontecer em uma empresa, ela, inevitavelmente, vai à falência. Daí em diante os "filósofos" tomaram conta da conversa. E o papo enveredou para os Iluminados da Baviera – os "Illuminati" – sobre família tradicional.

De pronto é bom que se diga que os "Illuminati", apesar do nome, era um grupo ultrassecreto de origem alemã, justamente da Baviera, fundado nos anos 1770 por Adam Weishaupt. Apesar do seu modo secreto de agir, os "Illuminati" viraram a cabeça de muita gente. Entre os seus pontos de ação estava "o fim da família tradicional" de então. Essa era a meta. Logo depois, mesmo que o grupo tenha sido eliminado com a descoberta dos seus segredos, o tal fim daquele tipo de família atingiu o mundo inteiro.

Nada foi para a conta dos "Illuminati", mas a Revolução Industrial, na Inglaterra, copiou a ideia e foi às famílias em busca de mão de obra barata. Coube à mulher o papel de deixar a casa em busca de renda familiar, acabando com o modo tradicional de família em que havia um patriarca a dirigi-la. É certo que se a indústria dependesse só do "chefe" familiar, teria dificuldade em conseguir força e volume necessários para atender o seu chão de fábrica, o que encareceria demais a mão de obra.

A Revolução Industrial, pois, foi um grande marco na mudança do modo familiar, algo que, no decorrer dos séculos, foi buscando adaptação até aos tempos modernos. Hodiernamente, para ficar só nessa questão de família, a mulher buscou o seu empoderamento. E disso ninguém deve se arredar. É um novo momento. Um momento em que, também, a mão de obra masculina observa novos horizontes. A isso surge a reação de que há necessidade de que alguém defenda a família. A família do status quo vigente.

Entretanto, diante deste novo movimento social que estamos vivendo, desnecessário é que alguém se arvore em defensor da família. Os "neoilluminati", pois, ainda não entenderam o alcance dessas mudanças, que, aliás, precisam mesmo é de acolhimento. A criação de creche noturna é só um sinal das novas necessidades.

Por fim, o papo dos "filósofos" do grupo concordou com essa tese, dando o braço a torcer de que empresa é empresa e que família é família, família do modo em que ela se apresenta ao seu tempo.

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