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Opinião

A divina Luz e a exploração humana

Antônio Braga: 'Isso não é coisa de agora. Isso faz, mais ou menos, uns 2 mil anos'.

Colunista - Redação

redacao@serraempauta.com

Divulgação
Foto Principal - Notícia

No princípio era assim: cultivo de vinha, de oliva e de cereais. Havia ainda pecuária. A terra pertencia a proprietários de fora. A grande propriedade acabava por criar um sistema de dependência da população. Outro modo era a pequena propriedade transmitida de pai para filho, sobrevivendo do trabalho familiar. No mais, a mão de obra era exercida por trabalhadores diaristas. Eles aguardavam, nas praças, alguém que lhes desse trabalho. O pequeno proprietário e o diarista, muitas vezes, enfrentavam dificuldades econômicas. Qualquer semelhança moderna é mera coincidência!

Isso não é coisa de agora. Isso faz, mais ou menos, uns 2 mil anos. O lugar particularizado era a Galileia, contexto integrado pela aldeia rural de Nazaré, lugar de umas 300 ou 400 famílias. Jesus testemunhou essa situação. Herodes Antipas, filho de Herodes, o Grande, que morreu 4 anos antes de Cristo, serve de exemplo como um dos latifundiários de fora, representado no local por um administrador, contratante dos diaristas.

O Nazareno não enfrentou, em seu Ministério, tal modelo e nem combateu os poderosos, como o governador romano e o rei Antipas, cuja existência de ambos era paga por impostos cobrados do povo. Nem mesmo contestou o saduceu Caifás. Roma e Antipas tinham o domínio sobre a terra com sacrifícios à população. Se é certo que Jesus nada combateu, em cada um de seus movimentos havia uma lição em que todos podiam enxergar o certo e o errado diante dos propósitos divinos. Poucos quiseram enxergar!

Jesus só desafiou o poder político, econômico e religioso dominante nos seus últimos dias, quando entrou em Jerusalém, no domingo, até a sua captura, na quinta-feira, e o seu suplício, na sexta-feira. Desafiou apenas com a sua presença! Também esses derradeiros movimentos foram de Luz, mas nem aqueles que agiam em nome de um deus, como Caifás, quiseram compreender a Boa-Nova. Ao contrário, os líderes religiosos, tendo à frente Caifás, convenceram as fileiras populares para pressionar o poder político a seu favor, condenando Jesus à morte.

A Luz da ressurreição, enfim, foi distribuída igual e, equanimemente, a todos, mas nem isso convenceu os "donos" da situação, que continuaram inabaláveis com suas propriedades, cultivando uva, oliva, cereais, além da pecuária, com os seus diaristas, controlando o poder político, religioso e econômico. Os saduceus, de Caifás, continuaram a agir em nome do seu deus no Sinédrio, poderoso e influente conselho junto ao governador romano Pôncio Pilatos e a Antipas.

O que é feito do espírito dessa gente poderosa? É difícil imaginar o inferno! Todavia, o certo é que Antipas, Pôncio, Caifás e seus seguidores fazem parte, hoje, da escória da humanidade. Eles representam o que há de mais abominável e nojento para o mundo ocidental. Há quem não queira enxergar isso.

Essa situação não é nenhuma falsa narrativa ou criação vazia. Os registros não deixam brechas contra essa verdade histórica. Entre as fontes que podem ser consultadas, além das bíblicas, está a magnífica obra "Jesus – uma biografia", de Armand Puig, editora Paulus.

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